Tonturas e vertigens são consideradas como patologias comuns, que podem ser causadas por variados problemas.
Esta condição, designada de forma convencional como vertigem, origina por norma do sistema nervoso periférico, por exemplo, devido a uma desordem do ouvido interno como a Doença de Ménière, vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), ou labirintite e neurite vestibular. Também pode ocorrer devido a patologias no SNC (vertigem central), tais como hemorragias, isquemia, ou tumores do SNC, além de infecção ou trauma. Patologias do pescoço também podem causar vertigem.
Alguns destes problemas não são graves, enquanto outros podem comprometer a vida, assim, o objectivo principal baseia-se na identificação de pacientes que precisem de coordenação de internamento ou de intervenção de emergência.
Tontura é um dos sintomas que mais desafios traz na medicina. Nenhuma medicação para tontura actual tem valor preventivo ou curativo bem estabelecido, ou é apropriado para uso paliativo a longo prazo.
Tratamento para tonturas e vertigens
O tratamento para tonturas e vertigens consiste normalmente em terapia farmacológica, tais como supressores vestibulares, anti-eméticos e benzodiazepínicos. No entanto, estes medicamentos são frequentemente acompanhados de efeitos colaterais inevitáveis.
A aplicação de Fisioterapia Vestibular em pacientes com vertigem persistente e desequilíbrio, tem recebido muita atenção nestes últimos anos.
Programas recentes organizados de Reabilitação Vestibular possuem uma relevância considerável. Basicamente, estes programas são constituídos de exercícios de habituação com movimentos da cabeça, facilitados pela compensação do sistema nervoso central, exercícios de controlo postural e exercícios de condicionamento geral.
Acredita-se que a Acupuntura estimule o sistema nervoso e cause a libertação de neurotransmissores, dado os muitos estudos nesta área. As alterações bioquímicas resultantes influenciam mecanismos homeostáticos do corpo, promovendo assim o bem-estar físico e emocional. Demonstrou-se que a estimulação de certos pontos de acupuntura poderia afectar áreas do cérebro que são conhecidas por reduzir a sensibilidade à dor e stress (Hui 2010).
A Escala Visual Analógica (VAS) de tonturas e vertigens, Dizziness Handicap Inventory (DHI) e HRV (variabilidade da frequência cardíaca) mostram que a acupuntura tem um efeito terapêutico imediato e significativo. Um estudo controlado, no entanto, não randomizado concluiu que a acupuntura tradicional pode efectivamente aliviar a vertigem cervical, reduzir a frequência dos ataques e melhorar sintomas acompanhantes (Qi 2011).
Aspectos epidemiológicos revelam que a incidência aumenta com a idade; 1,3 de todas as visitas médicas de pessoas com idade entre 45-64 anos, 2,9 de pessoas acima dos 65 anos e 3,8 de pessoas acima de 75 anos . A vertigem pode ser causada por diferentes condições médicas, onde estima-se que mais de 45 deve-se aos distúrbios vestibulares. A etiologia da disfunção vestibular é variada e os fisioterapeutas poderão encontrá-la em diversas práticas profissionais, tais como geriatria, neurologia, ortopedia e desportiva.
Referências bibliográficas
André Luís Santos Silva, João Soares Moreira, Vertigem: A abordagem da fisioterapia (Fisioterapia Brasil – Volume 1 – Número 2 – Novembro/Dezembro de 2000)
Chiu, Chih-Wen, Tsung-Chieh Lee, Po-Chi Hsu, Chia-Yun Chen, Shun-Chang Chang, John Y. Chiang, and Lun-Chien Lo. “Efficacy and safety of acupuncture for dizziness and vertigo in emergency department: a pilot cohort study.” BMC complementary and alternative medicine 15, no. 1 (2015): 173.
Newman-Toker DE, Cannon LM, Stofferahn ME, Rothman RE, Hsieh YH, Zee DS. Imprecision in patient reports of dizziness symptom quality: a cross- sectional study conducted in an acute care setting. Mayo Clinic Proc. 2007; 82(11):1329-1340.
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