Dia Mundial do AVC
O AVC (Acidente Vascular Cerebral) tem uma componente genética e é mais frequente nos homens e em idades avançadas, embora também possa ocorrer em mulheres e pessoas mais jovens. Doenças como diabetes, obesidade e hipertensão arterial, entre outras, aumentam o risco de AVC, assim como sedentarismo, uma alimentação rica em sal, tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
De acordo com a Sociedade Portuguesa de Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de morte e incapacidade em Portugal.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) refere que o AVC é responsável pela morte de 5 milhões de pessoas, todos os anos, a nível mundial.
O que é um AVC?
O AVC é provocado por uma descida repentina do fluxo sanguíneo responsável pela irrigação cerebral. Muitas das vezes é provocado pelo bloqueio de um vaso sanguíneo do cérebro (AVC isquémico) ou pela ruptura deste (AVC hemorrágico). Estes problemas são causados pela acumulação de placas de gordura nas paredes das artérias (aterosclerose). O bloqueio ou ruptura de um vaso sanguíneo faz com que essa zona cerebral não receba oxigénio levando à morte celular.
Sinais de Alerta
A falta de oxigénio numa determinada zona do cérebro e a consequente morte celular manifesta-se de várias formas e em diversos pontos do corpo, traduzindo-se nos seguintes sinais de alarme:
- Desvio na face: Um dos lados do rosto pode estar dormente ou descaído. Repare se os dois lados da boca estão simétricos.
- Falta de força num braço: A pessoa pode ter dificuldade em movimentar um dos braços.
- Dificuldade em falar: Pode ser difícil de perceber o que a pessoa diz e/ou não fazer sentido.
- Diminuição da visão: Pode ocorrer uma diminuição abrupta da visão num dos olhos ou nos dois.
- Outros sintomas: Podem surgir subitamente dores de cabeça fortes; dificuldade em compreender o que as outras pessoas estão a dizer; dificuldade repentina em andar e em coordenar movimentos.
Consequências de um AVC
De acordo com a zona do cérebro que foi afectada e a extensão das lesões, o AVC pode provocar várias sequelas – que podem ser praticamente inexistentes, manifestarem-se através de alterações cognitivas, comportamentais, motoras ou ao nível da fala, entre outras. Quando um AVC é muito grave, a pessoa pode morrer ou ficar dependente de terceiros.
O tempo que decorre entre o início do AVC e a realização do tratamento é determinante: as sequelas são consideravelmente mais graves se o intervalo for superior a 3 horas.
O que fazer em caso de AVC?
O AVC é uma urgência, pelo que deve deitar a pessoa de lado, certificar-se se respira bem e contactar de imediato o serviço de emergência.
O que pode fazer para reduzir o risco de AVC?
- Faça uma alimentação equilibrada, diversificada, pobre em sal e gorduras.
- Controle os níveis de colesterol, de tensão arterial e de glicemia em jejum (aconselhe-se com o seu médico quanto à periodicidade).
- Mantenha um peso adequado.
- Pratique exercício físico.
- Não consuma bebidas alcoólicas em excesso.
- Não fume.
O AVC provoca a morte das células numa determinada zona do cérebro e pode manifestar-se através de vários sintomas. É importante saber identificá-los e como actuar, pois quanto mais precoce for o tratamento, maior será a probabilidade das consequências serem menores.