As plantas crucíferas são famosas pelo seu contributo para a prevenção do cancro. Tal fama deve-se às suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, capazes de interromperem o processo de formação de tumores e promoverem a morte das células cancerígenas.
Crucíferas é o nome dado a plantas comestíveis que têm a característica comum de produzirem flores em forma de cruz grega. Pertencem a esta família as couves, a couve-flor, os bróculos, o agrião, a rúcula, os rabanetes e os nabos, entre outras.
Os vegetais crucíferos representam uma das famílias de plantas mais estudadas, tendo sido objecto de mais de 20.000 artigos, publicados em revistas científicas, nas últimas décadas.
A importância destes alimentos para a prevenção do cancro tem a ver com o seu elevado conteúdo em glucosionolatos – indol e isotiocianatos – e flavonoides, substâncias que estimulam a produção de enzimas capazes de bloquearem os danos originados pelos agentes cancerígenos. Além disso são ricos em vitaminas, betacarotenos e minerais como cálcio, enxofre, ferro, potássio, selénio, silíco e zinco. O efeito protector das crucíferas estende-se aos cancros do pulmão, estômago, cólon, bexiga, próstata e, inclusivamente, ao cancro da mama, reduzindo significativamente o risco.
COUVES
Pobres em calorias e gorduras, as couves são poderosos desintoxicantes do aparelho digestivo, prevenindo a obstipação e o processo de autointoxicação daí decorrente. A maior concentração de nutrientes encontra-se na couve-lombarda, ma também a couve-roxa e a couve-branca são benéficas, sobretudo quando consumidas cruas, em saladas.
COUVE-DE-BRUXELAS
Embora não seja do agrado de todos, este vegetal constitui uma verdadeira classe à parte, tamanha é a sua riqueza em compostos fitoquímicos, anticancerígenos. Se se evitar cozinhá-lo demais, constitui um aliado poderoso na estratégia de prevenção do cancro.
COUVE-FLOR
A couve-flor é uma hortaliça cuja textura delicada exige cuidado na preparação. Do ponto de vista nutricional, é rica em cálcio e fósforo, para além de quantidades notáveis de vitamina C.
AGRIÃO
Comido cru, o agrião é um poderoso antioxidante, que limpa os rins e a bexiga, ao mesmo tempo que estimula o fígado, a vesícula e o pâncreas. Mas a sua principal virtude é a capacidade de estimular o sistema imunitário.
BRÓCULOS
Ricos em antioxidantes e fibra – têm metade da fibra do pão integral – os bróculos são fortes purificadores, não só do aparelho digestivo, mas também do fígado.
RÚCULA
Rica em antioxidantes, como vitamina A e C, a rúcula é também uma fonte de cálcio e ferro, e por isso um estimulante do sistema imunológico e um aliado no combate de agentes infecciosos. Por outro lado, o elevado teor de vitaminas do complexo B e K promove o funcionamento cerebral, reduzindo o risco de depressão e limitando a degeneração neuronal.
RABANETES
Possuem um acentuado efeito purificador, sobretudo do sistema respiratório. Além de diversas vitaminas, os rabanetes são ricos num dos minerais antioxidantes mais importantes, o zinco.
A cor verde de muitas espécies vegetais deve-se à presença de clorofila, substância que nos protege do cancro. Por isso, quanto mais verde, melhor!
As folhas de muitos vegetais resplandecem com um verde intenso. E quanto mais intenso, melhor, pois isto significa que são ricas em clorofila, o pigmento responsável pela fotossíntese, isto é, a transformação da energia solar em energia química, processo durante o qual dióxido de carbono e água são transformados em hidratos de carbono e oxigénio.
Deste grupo fazem parte hortaliças como os espinafres, as acelgas, os canónigos e as alfaces, entre muitas outras. Todas elas são ricas em água, fibra, vitaminas e minerais, partilhando diversas propriedades anticancerígenas com o grupo das crucíferas.
Contudo, os nutrientes que estas verduras contêm são muito mais sensíveis ao calor e uma grande parte perde-se durante o processo de fervura. Por isso, devem ser cuidadosamente lavadas e limpas, para de seguida serem ingeridas cruas, em saladas, ou levemente cozidas a vapor.
ESPINAFRES
Este vegetal de folha verde auxilia a função hepática, ajudando a neutralizar as toxinas acumuladas no organismo. As vitaminas do grupo B reforçam o sistema imunitário, combatendo as infecções, enquanto o potássio regula os níveis de gordura no sangue. Mas a grande estrela da sua composição é a luteína, um tipo de carotenoide (tal como o betacaroteno e o licopena) com benefícios comprovados ao nível da prevenção do cancro, do controlo da diabetes, da saúde cardiovascular e da saúde ocular.
ALFACE
A família das alfacesé bem conhecida pelo seu baixo teor calórico e rico valor nutricional. A alface, nas suas múltiplas variedades, contém quantidades assinaláveis de vitamina C, betacaroteno e diversos minerais antioxidantes, nutrientes que não se perdem graças ao facto de ser quase sempre ingerida crua. Além de proteger do cancro e de ser benéfica para os ossos e tecido conjuntivo, é um alimento diurético e calmante.
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